domingo, 3 de abril de 2011

O gesto de Jesus é repleto de significado criacional: pega o barro, sinal da fragilidade da criação. E a partir da condição frágil onde nos encontramos que Cristo faz brilhar sua Luz capaz de nos fazer ver as coisas como de fato são. A saliva de Jesus no barro é sinal da vida que ele transmite aos seus. Este é seu desejo de vida nova para todos os homens.
Agora, o cego é um homem “re-criado” pela presença de Jesus. Todo ato divino de salvação envolve dois pólos: Deus que salvar e o homem que deve desejar a salvação. Por isso Jesus exige a confiança em sua palavra.“Vai te lavar na piscina de Siloé” (palavra que significa Enviado)”.Este pedido de Jesus demonstra que tudo pode ser transformado em nossa vida quando acreditamos na Palavra de Jesus e decidimos deixar-nos “lavar”, nas águas do enviado. Este é o nosso Batismo que deve ser sempre uma resoluta entrega a Jesus e não apenas um capricho social. Entre o Templo e a Piscina se encontra um trecho a ser percorrido que é nossa própria vida na qual caminhamos ainda sem ver completamente, mas confiantes que a palavra dita por Jesus, sendo humildemente acolhida nos leva a plenitude de toda verdade que é o reconhecimento de Jesus como Salvador! O fruto deste encontro é um verdadeiro discípulo que reconhece Jesus e a ele adere, assumindo sem medo as conseqüências desta adesão. Assim como Jesus, o cego foi mandado embora do Templo, mas isso não significa nada para quem adquiriu a capacidade de ver tudo com os próprios olhos. Estamos no final do Evangelho diante de um homem maduro capaz de abrir mão da entrada no Templo por conta do testemunho sobre quem o curou. E justamente aqui se encontra a finalidade da nossa vida de batizados: assemelhar-nos a Jesus que nos salvou!

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