O egoísmo é como uma prisão voluntária em que a pessoa se fecha em si mesma e não deixa agir caridade que a possa libertar.
Essa prisão acontece quando a pessoa se coloca no centro de tudo e esquece que Deus deve ser sempre o seu centro.
O egoísta, preso por vontade própria, acaba por levar na sua prisão particular outra série de pecados e vícios que são resultado do seu amor-próprio acima de todas as coisas.
Movido por amar a si próprio de forma desordenada, ele deixa de ter um olhar interior e exterior correto sobre si mesmo, Deus e as pessoas, passando a ter somente um olhar interior desvirtuado que o cega para tudo a sua volta, pois passa a buscar felicidade sem a luz de Deus, assim na ignorância total, ele pensa que está se amando, mas na verdade ele está tendo um amor contra ele próprio.
A alma presa e cega não percebe nenhuma realidade corretamente, torna-se difícil para ela ver a luz que é Deus, devido a sua condenação ao isolamento do cárcere privado, em que ninguém pode ter acesso. Muitas vezes não percebe o mal que se faz por ser a própria responsável pela solidão em sua vida e principalmente em sua alma, continuamente sofre muito por buscar amor somente para si.
A pessoa egoísta não encontra mais paz nesse cárcere, porque ao buscar auto-satisfação, confunde prazer que é uma realidade do corpo, com felicidade que é uma realidade da alma, ao achar que encontra prazer na verdade só encontra infelicidade, pois o ser humano não foi criado para si mesmo, mas para Deus, ao estar só por vontade própria, se frustra e vive em constante desilusão.
Estando sozinho, o egoísta afirma somente o seu “eu”, se sente excluído e perturbar-se, pode facilmente chegar ao estado até mesmo da demência, tudo por causa de errar o alvo de sua atenção em não ordenar o amor corretamente a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo.
Para sair desse cárcere, primeiramente a pessoa precisa reconhecer que esse amor desordenado por si mesmo é um amor irracional.
O contrário do egoísmo é o amor-caridade, que nos une ao criador e as criaturas de forma ordenada, trazendo de volta a vida, a luz de Deus e conseqüentemente a paz tão almejada que jamais a alma encontra somente amando a si própria, assim ela consegue se livrar de seu cárcere privado, retomando a visão perdida e encontrando a liberdade.
O egoísmo que levava a alma aos outros pecados fica incapaz de agir, quando passa a existir a caridade que vivifica todas as virtudes.
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