segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Sagradas Escrituras - Parte II



 A revelação de Deus culmina em Jesus Cristo, quando Deus fala “por Seu Filho”;

No Antigo Testamento, pertence  sobretudo aos profetas,  a prerrogativa de explicar que,   por detrás das vicissitudes da história, estava a mão de Deus. Os profetas eram considerados arautos de Deus, os quais falavam em nome de Deus.

No Novo Testamento, é Deus quem fala diretamente ao homem na Pessoa do Filho (a Segunda Pessoa da SSma Trindade que encarna). Na origem dos textos do Novo Testamento está a pregação de Jesus , cujo conteúdo será o objeto por excelência deste curso - seus gestos e Ações - e depois, o testemunho dos apóstolos, que conservaram tanto os ensinamentos  quanto os feitos de Jesus  e o transmitiram com especial assistência do Espírito Santo às gerações futuras.

A revelação do Filho é o cume de algo que começou na criação: “pelo qual criou todas as coisas”.

A Revelação tem uma dimensão histórica que possui um centro definido em relação ao qual se mede um antes e um depois. Este centro e cume é Jesus Cristo. Enquanto Revelação “formal” de Deus, ela possui um começo, um meio e um fim, o que significa   não crescer  ilimitadamente.

Em realidade, a Revelação de Deus coincide com o plano estabelecido por Deus para a Salvação do homem  após a queda do pecado original.
Deus não apenas criou o homem racional e livre, dotado de uma alma imortal, feito à “imagem e semelhança” do Criador, como também o elevou gratuitamente `a participação da vida íntima de Deus, a gozar da visão beatífica que excede as forces de toda a natureza criada. Neste sentido, o homem foi constituído juntamente com a criação em um estado de justiça original, que levava consigo o dom da graça santificante, das virtudes infusas e pelos dons preternaturais,  a saber: imortalidade, impassibilidade, integridade das potências e ciência infusa.

Com o pecado, o homem perdeu estes dons sobrenaturais, permanecendo ferido em sua natureza humana, cuja manifestação mais evidente é a concupisciência (inclinação e desejo pelo pecado). Deus, em sua infinita misericórdia ,  quis restaurar ao menos os dons sobrenaturais perdidos (Graça santificante, virtudes infusas – fé, esperança e caridade),com o fim de que o destino eterno do homem se completasse.

2. Etapas da história da Salvação

A história que encontramos na Bíblia é em realidade a história da Salvação, ou melhor, do Plano Salvífico, estabelecido e levado a cabo por Deus, através de sucessivas alianças que Deus faz com a humanidade, a saber:

-          A Aliança com Noé após o dilúvio (Gn 9, 1-17);

-          A Aliança com Abraão (Gn 15, 7-20; 17, 1-14) renovada com Isaac (Gn 22,1-19) e com Jacó (Gn 28, 10-22);

-          Aliança com Moisés (Ex 24, 1-8);

-          Aliança com Josué em Siquem (Jos 24,25-28);

-          Aliança com Davi (2 Sam 7, 4-16);

-          Aliança com Salomão na consagração do Templo (I Re 8,1-13;

-          Aliança com o povo depois do desterro (Ne 8, 1-10,40)

Todas estas Alianças veterotestamentárias marcam etapas na história da Revelação e são preparatórias para a Aliança definitiva estabelecida pelo sacrifício de Jesus Cristo no Calvário, e selada com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes.

O plano divino da salvação, da qual a Revelação é uma parte, tem um centro que também é uma culminação e uma recapitulação: Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro.

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