A
revelação de Deus culmina em
Jesus Cristo, quando Deus fala “por Seu Filho”;
No
Antigo Testamento, pertence sobretudo
aos profetas, a prerrogativa de explicar
que, por detrás das vicissitudes da
história, estava a mão de Deus. Os profetas eram considerados arautos de Deus, os quais falavam em
nome de Deus.
No Novo
Testamento, é Deus quem fala diretamente ao homem na Pessoa do Filho (a Segunda
Pessoa da SSma Trindade que encarna). Na origem dos textos do Novo Testamento
está a pregação de Jesus , cujo conteúdo será o objeto por excelência deste
curso - seus gestos e Ações - e depois, o testemunho dos apóstolos, que
conservaram tanto os ensinamentos quanto
os feitos de Jesus e o transmitiram com
especial assistência do Espírito Santo às gerações futuras.
A
revelação do Filho é o cume de algo que começou na criação: “pelo qual criou
todas as coisas”.
A Revelação tem uma dimensão histórica
que possui um centro definido em relação ao qual se mede um antes e um depois.
Este centro e cume é Jesus Cristo. Enquanto Revelação “formal” de Deus, ela
possui um começo, um meio e um fim, o que significa não crescer
ilimitadamente.
Em realidade, a Revelação de Deus
coincide com o plano estabelecido por Deus para a Salvação do homem após a queda do pecado original.
Deus não apenas criou o homem racional
e livre, dotado de uma alma imortal, feito à “imagem e semelhança” do Criador,
como também o elevou gratuitamente `a participação da vida íntima de Deus, a
gozar da visão beatífica que excede as forces de toda a natureza criada. Neste
sentido, o homem foi constituído juntamente com a criação em um estado de
justiça original, que levava consigo o dom da graça santificante, das virtudes
infusas e pelos dons preternaturais, a
saber: imortalidade, impassibilidade, integridade
das potências e ciência infusa.
Com o pecado, o homem perdeu estes
dons sobrenaturais, permanecendo ferido em sua natureza humana, cuja
manifestação mais evidente é a concupisciência (inclinação e desejo pelo
pecado). Deus, em sua infinita misericórdia ,
quis restaurar ao menos os dons sobrenaturais perdidos (Graça
santificante, virtudes infusas – fé, esperança e caridade),com o fim de que o
destino eterno do homem se completasse.
2. Etapas
da história da Salvação
A
história que encontramos na Bíblia é em realidade a história da Salvação, ou
melhor, do Plano Salvífico, estabelecido e levado a cabo por Deus, através de
sucessivas alianças que Deus faz com a humanidade, a saber:
-
A Aliança com Noé após o dilúvio (Gn
9, 1-17);
-
A Aliança com Abraão (Gn 15, 7-20; 17,
1-14) renovada com Isaac (Gn 22,1-19) e com Jacó (Gn 28, 10-22);
-
Aliança com Moisés (Ex 24, 1-8);
-
Aliança com Josué em Siquem (Jos
24,25-28);
-
Aliança com Davi (2 Sam 7, 4-16);
-
Aliança com Salomão na consagração do
Templo (I Re 8,1-13;
-
Aliança com o povo depois do desterro
(Ne 8, 1-10,40)
Todas estas Alianças
veterotestamentárias marcam etapas na história da Revelação e são preparatórias
para a Aliança definitiva estabelecida pelo sacrifício de Jesus Cristo no
Calvário, e selada com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes.
O plano divino da salvação, da qual a
Revelação é uma parte, tem um centro que também é uma culminação e uma
recapitulação: Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
* Caso o comentário seja contrário a fé Católica, contrário a Tradição Católica será deletado.
Queria dizer que...
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.