Paróquia São Pedro e São Paulo

Em nossos tempos quase não escutamos falar de santidade, de busca de santidade. Alguns até chacotam desse tema. Então qual o sentido de se falar em ser santo? Qual o objetivo da Igreja com essa prática de apresentar homens e mulheres chamando-os de santos e santas?

A vida cristã é desejo de se viver como Cristo de um modo tal a ponto de se afirmar que é Cristo quem vive em nós. Percebemos isto com a Liturgia deste Domingo. A Primeira Leitura de Ap 7,2-4.9-14, mostra que a Salvação pertence a Deus, também a glória e todo poder, e Ele deseja salvar o que criou. Nossa esperança em Cristo não é apenas para essa vida, pois se fosse, vã seria nossa fé. Por isso, tudo o que foi feito é levado em contas por Deus, sempre será, nada será esquecido. Assim sendo, nossa vida, se for luta contra o pecado e busca da comunhão com Deus, será também acolhida na eternidade. Os santos não tem poder por si mesmos, não possuem glória, mas são chamados de santos porque em meio às dificuldades, viveram sua fé na fidelidade a Deus. E em meio às tristezas da terra causadas pelo pecado, foram capazes de continuar vislumbrando a soberana vontade do Senhor.

Por esse motivo, o Salmo 23 apresenta os Santos como aqueles que buscam vencer o pecado por meio da força amorosa da Palavra do Senhor e assim "não orientam sua mente para o crime!"

E na Segunda Leitura, 1Jo 3,1-3, aprendemos que o princípio da vida santa é orientar todas as suas decisões para Deus. Conhecendo e amando a Deus como Pai, em tudo, procura honrar este Pai rico em amor. O grande ensinamento desta Solenidade de hoje, consiste em afirmar que a Santidade pertence a Deus e, como devemos buscar ser santos, é o próprio Deus quem nos mostra o caminho da santidade, por meio daquele que se fez o Caminho. Aqui consiste nossa filiação por meio de Cristo: na nossa vida entregue a ele, deixemos que ele erga a glória devida a Deus por nós, em nosso favor e conosco.