A última parte da missa é a comunhão. O sacerdote parte o pão como o fez Cristo; é a fração do pão, que, pela sua importância, muitas vezes dá o nome a toda a missa. Pronuncia-se então uma prece encantadora –a prece da unidade – que a Didaquê nos transcreve: “Assim como este pão estava disperso nos seus elementos pelas colinas, e agora encontra-se reunido, permiti, Senhor, que a nossa Igreja se reúna de todas as extremidades da terra...” É o instante em que todos os presentes vão tomar parte no repasto sagrado, todos aqueles que são santos e puros, porque os outros devem sair, expulsos por uma fórmula categórica na qual citam, muito a propósito, as palavras do Evangelho: “Não lanceis aos cães as coisas santas”. Os comungantes – e a palavra aqui ganha o seu verdadeiro sentido – trocam entre si o abraço da paz. Cada um se aproxima do pontífice, que já comungou, seguido dos sacerdotes e diáconos. O bispo coloca na mão direita de cada comungante um pedaço de pão dizendo: Corpus Christi. Depois o diácono oferece o cálice que contém o vinho: Sanguis Christi calix vitae, e o Amém que o fiel murmura não é uma simples formula, mas um ato de fé nesse Cristo que está presente nele, a expressão de sua esperança e do seu amor. Acaba agora a missa. Reza-se uma oração coletiva para agradecer a Deus os benefícios. “Nós vos damos graças Pai Santo, pelo vosso santo nome, que fizestes habitar em nossos corações, pelo conhecimento que nos deste, pela fé e imortalidade que nos revelastes por meio de Jesus...” Responde-lhe um grito de alegria, um imenso hosanna. Depois ajoelhada, a assistência recebe a benção do bispo e escuta essa “oração sobre o povo” que reúne uma última vez diante de Deus: “Ide, a missa está dita!” Já o dia desponta no Oriente. Os fiéis voltam para suas casas com a alma repleta de felicidade. A vida poderá trazer-lhes os seus sofrimentos e os seus perigos, mas eles tem Cristo dentro de si. [cf. ROPS, Daniel. A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires, Vol I, Quadrante, 1988,p 213- 217]
Depois de uma belíssima reconstrução histórica da Santa Missa como esta, não temos mais palavras para descrever este Tesouro que Jesus nos dá. Essa é a nossa Fé, que dos Apóstolos recebemos e na qual perseveramos enquanto aguardamos a volta do Cristo Salvador!.
Depois de uma belíssima reconstrução histórica da Santa Missa como esta, não temos mais palavras para descrever este Tesouro que Jesus nos dá. Essa é a nossa Fé, que dos Apóstolos recebemos e na qual perseveramos enquanto aguardamos a volta do Cristo Salvador!.
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