Seguem-se as leituras, em número variável, a fim de familiarizar os cristãos com as tradições e os dogmas (...) um leitor faz ouvir diversos textos ordenados segundo a significação da festa que se celebra. Lê-se páginas do Antigo Testamento, da Lei, dos Profetas; trechos das cartas que os grandes chefes da cristandade tinham escrito no decurso do seu apostolado ou que um ou outro ainda escrevia: Epístolas de São Paulo, de São João, de São Pedro, de Santo Inácio e de São Clemente; ou ainda passagens dos Atos dos Apóstolos. As narrativas referentes aos mártires, tal como chegaram até nós e que são tão comoventes, são também lidas desta maneira.(...) Entre as leituras, recitavam-se ou cantavam-se salmos, e de todas as bocas saía o grito de esperança e de fé, o velho grito de Israel: “Aleluia”. De todas as leituras, a última, a essencial, é a do Evangelho, a palavra de Deus. Não é confiada a um simples leitor, mas aos diáconos, e a passagem é escolhida pelo próprio bispo; mais tarde, há de fixar-se esta ou aquela [leitura] para determinados dias. “O Senhor esteja convosco!”. De pé, os fiéis escutam, numa espécie de posição de sentido que já os crentes do Templo observavam em Jerusalém. Concluída a leitura do Evangelho, o bispo comenta-o pessoalmente ou fá-lo comentar por um pregador de sua escolha. É a homilia, de que se encontrarão muitas espécimes nos Padres da Igreja, e que é a origem do nosso sermão.
A missa dos catecúmenos vai terminar. Voltado para a multidão, com os braços abertos, o sacerdote repete, como faz ainda hoje: “O Senhor esteja convosco! Oremos!,” e tem lugar a oração dos fiéis. De pé, também com os braços abertos, na posição tão bela dos orantes e das orantes cujas pinturas vemos pintadas nas catacumbas ou esculpidas nos sarcófagos, em silêncio pedem durante alguns minutos o auxílio dAquele que se vai fazer carne e sangue no pão e no vinho. Uma última coleta [oração] põe termo a esta meditação profunda: “Senhor, nos vos oferecemos hóstias e preces; acolhei-as pelas almas que vos imploram e por todos aqueles que temos em mente. Que essas almas passem da morte para a vida. Amém”
A segunda parte da missa assume caráter mais augusto. Os catecúmenos, os penitentes e mesmo os pagãos simpatizantes que estiveram presentes até aqui têm de sair. Os diáconos não falam mais e os fiéis calam-se. É o bispo, o próprio pontífice quem passa a oficiar. O primeiro gesto é a oferenda. No tempo da Igreja primitiva compreendia duas partes que, nos nossos dias, parecem tão diferentes uma das outras que ninguém pensa em aproximá-las: o peditório e o ofertório. De fato, são a mesma coisa. Para se unir ao sacrifício, cada fiel deve fazer uma oferta; dá-se o pão e o vinho que hão de ser consagrados; dão-se também esmolas para os pobres, para as viúvas e para os que são assistidos pela comunidade. Os diáconos separam as esmolas do resto das oferendas e colocam o pão e vinho sobre o altar (...) depois de tudo preparado, o celebrante recita uma oração coletiva em nome de toda a assistência: “Oremos, meus irmãos, para que este sacrifício, meu e vosso, seja favoravelmente acolhido por Deus”. Os fiéis respondem amém, e a seguir o sacerdote, pelas orações chamadas secretas (reservadas à plebs secreta, ao povo escolhido dos fiéis), pede ao Senhor que, em troca desses dons terrenos, conceda ao povo os dons do céu e a eternidade. É agora o momento mais solene de toda a cerimônia; pela vontade de seu representante, Cristo vai estar presente nas espécies eucarísticas. É o Prefácio e o Cânon; é a Consagração. O pontífice convida os fiéis ao máximo fervor. “Corações ao alto! – Nos os temos no Senhor! –Demos graças a Deus! – Sim é digno e justo!”. E o celebrante continua: “Sim, é verdadeiramente digno e justo que nós vos rendamos graças, ó Senhor, ó Santo, ó Pai poderoso e eterno!”. Enumera os benefícios de Deus e lembra os grandes mistérios da Encarnação e da Redenção. Vêm-lhe aos lábios as palavras do Evangelho, numa improvisação mística. E esta súplica, este apelo a Deus sobre a terra termina com o grito três vezes repetido: Sanctus, Sanctus, Sanctus... Com as mãos estendidas sobre o pão e vinho, como podemos ver numa pintura das catacumbas, o sacerdote repete as palavras pronunciadas por Cristo na Última Ceia. O Espírito Santo desce entre as almas dos fiéis e o sacrifício é aceito pelo Todo-Poderoso.
A missa dos catecúmenos vai terminar. Voltado para a multidão, com os braços abertos, o sacerdote repete, como faz ainda hoje: “O Senhor esteja convosco! Oremos!,” e tem lugar a oração dos fiéis. De pé, também com os braços abertos, na posição tão bela dos orantes e das orantes cujas pinturas vemos pintadas nas catacumbas ou esculpidas nos sarcófagos, em silêncio pedem durante alguns minutos o auxílio dAquele que se vai fazer carne e sangue no pão e no vinho. Uma última coleta [oração] põe termo a esta meditação profunda: “Senhor, nos vos oferecemos hóstias e preces; acolhei-as pelas almas que vos imploram e por todos aqueles que temos em mente. Que essas almas passem da morte para a vida. Amém”
A segunda parte da missa assume caráter mais augusto. Os catecúmenos, os penitentes e mesmo os pagãos simpatizantes que estiveram presentes até aqui têm de sair. Os diáconos não falam mais e os fiéis calam-se. É o bispo, o próprio pontífice quem passa a oficiar. O primeiro gesto é a oferenda. No tempo da Igreja primitiva compreendia duas partes que, nos nossos dias, parecem tão diferentes uma das outras que ninguém pensa em aproximá-las: o peditório e o ofertório. De fato, são a mesma coisa. Para se unir ao sacrifício, cada fiel deve fazer uma oferta; dá-se o pão e o vinho que hão de ser consagrados; dão-se também esmolas para os pobres, para as viúvas e para os que são assistidos pela comunidade. Os diáconos separam as esmolas do resto das oferendas e colocam o pão e vinho sobre o altar (...) depois de tudo preparado, o celebrante recita uma oração coletiva em nome de toda a assistência: “Oremos, meus irmãos, para que este sacrifício, meu e vosso, seja favoravelmente acolhido por Deus”. Os fiéis respondem amém, e a seguir o sacerdote, pelas orações chamadas secretas (reservadas à plebs secreta, ao povo escolhido dos fiéis), pede ao Senhor que, em troca desses dons terrenos, conceda ao povo os dons do céu e a eternidade. É agora o momento mais solene de toda a cerimônia; pela vontade de seu representante, Cristo vai estar presente nas espécies eucarísticas. É o Prefácio e o Cânon; é a Consagração. O pontífice convida os fiéis ao máximo fervor. “Corações ao alto! – Nos os temos no Senhor! –Demos graças a Deus! – Sim é digno e justo!”. E o celebrante continua: “Sim, é verdadeiramente digno e justo que nós vos rendamos graças, ó Senhor, ó Santo, ó Pai poderoso e eterno!”. Enumera os benefícios de Deus e lembra os grandes mistérios da Encarnação e da Redenção. Vêm-lhe aos lábios as palavras do Evangelho, numa improvisação mística. E esta súplica, este apelo a Deus sobre a terra termina com o grito três vezes repetido: Sanctus, Sanctus, Sanctus... Com as mãos estendidas sobre o pão e vinho, como podemos ver numa pintura das catacumbas, o sacerdote repete as palavras pronunciadas por Cristo na Última Ceia. O Espírito Santo desce entre as almas dos fiéis e o sacrifício é aceito pelo Todo-Poderoso.
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