A Igreja Católica no Brasil carrega na sua história um valor evangélico cada vez mais interpelador para sua missão: estar próxima do seu povo irradiando a boa nova do Reino da Verdade, da Justiça e do Amor. Nas últimas décadas, a Igreja Católica no Brasil, por fidelidade ao seu processo evangelizador, foi levada muitas vezes a ser porta-voz de uma democracia participativa, participando da construção de uma sociedade justa e solidária. Para tanto, constata os desafios para que a semente caia em terra boa, apresenta a qualidade da semente através da proposta cristã e propõe pistas de ação para que a semente produza em abundância. Entre os desafios, chama a atenção o escândalo da exclusão e da violência na nossa sociedade, que é hoje uma das mais desiguais do mundo. Na proposta cristã, lembramos o ideal da comunidade cristã que é a realização da solidariedade - “Não havia necessitados entre eles”. Quais os fundamentos para a Igreja exercer esta missão na política? Os Bispos da América Latina, na Conferência de Puebla, 1979, afirmam: “A dimensão política, constitutiva do homem, representa um aspecto relevante da convivência humana. Possui um aspecto englobante, porque tem como fim o bem comum da sociedade... A Igreja sente como seu dever e direito estar presente neste campo da realidade porque o cristianismo deve evangelizar a totalidade da existência humana, inclusive a dimensão política” (cf. Puebla, n.513-515).
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