segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Homilia para o Quinto Domingo do Tempo Comum

O que temos feito de nossas vidas? Em que intensidade temos procurado fazer com que nosso tempo (que não sabemos quanto de fato é, se muito ou pouco) valer a pena? O que esperamos da vida? E como temos encarado o fato de nossa vida não nos pertencer  o que faz com que ela possa ser exigida a qualquer momento? Estas perguntas motivam a oração que aparece na primeira leitura: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como os dias de um mercenário? Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer. Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade!” A nossa sociedade se depara com a tremenda contradição: suas verdades de felicidade eterna aqui nesta vida são atacadas a cada instante pela realidade dura da vida, cercada de dificuldades. Mas a primeira leitura tenta nos fazer ver que o sentido para esta vida não se encontra aqui e não podemos nos perder em meio às coisas que estão só passando, daqui entenderemos que o verdadeiro sentido é o que motiva São Paulo a nos dizer “Pregar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o Evangelho! Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. Em que consiste, então, o meu salário? Em pregar o Evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o Evangelho me dá. Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.
Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do Evangelho eu faço tudo, para ter parte nele.” É do Evangelho que nos vem o verdadeiro sentido eterno para esta vida. E isto Paulo ver como uma obrigação anunciar, não a obrigação de um assalariado e sim de alguém que se sente apaixonado por Cristo a tal ponto de sentir no coração a obrigação de ser anunciador da Boa Noticia. A Boa Notícia (o Evangelho) é Jesus! E a chegada da Boa Notícia em nossas vidas, causa mudança. Assim entramos no Evangelho quando este nos mostra que se Jesus entrar em nossa casa, ele nos removerá de nossa condição de doentes. Muitas pessoas buscam a Cura, no entanto, poucas pedem a cura para a verdadeira doença: o comodismo do pecado, a indiferença perante o sofrimento de muitos de nossos irmãos e irmãs. Esta a febre que nos deixa acomodados e nos impede de servir. Evangelho é serviço! Muitos que dizem terem se “convertidos”, na verdade continuam com a mesma doença de sempre, e com o mesmo demônio: a dureza de coração que impede de ver no outro um irmão. E neste sentido, muitas religiões ainda não evoluíram porque em vez de fazer com que as pessoas vivam como irmãos e irmãs terminam por gerar a divisão, logo, continuam envolvidas nas armadilhas do demônio e assim sendo, podem até falar de Jesus mas não o conhecem de verdade.
Peçamos ao Senhor que tenhamos a febre do comodismo causada pelo pecado vencida pela autoridade da Palavra de Deus e tenhamos o demônio da indiferença banido de nosso meio para que vivamos em paz, como irmãos e irmãs, filhos do mesmo pai que está nos céus!

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