1.1.1 Criação das
Escolas da Fé:
Muitas pessoas são católicas apenas por
conveniência social ou porque na história das suas famílias todos sempre foram
católicos, assim, nós encontramos a seguinte máxima: meu avô era católico, meu pai também e por isso eu que nasci nesta Lei
morrerei nela! A esta fé de coração
puro e tranqüilo temos o dever de fortalecer convicções e clareza para que
todos tenham condições de dar razões para sua fé.
A
Escola da Fé por sua própria estrutura consiste em ser um espaço para que as
pessoas possam colocar em comum suas dúvidas, esclarecendo pontos que não
pareçam claros, adquirindo a devida fundamentação para que se fortaleçam na fé
e confirmem os irmãos. Entretanto, a Escola da Fé não pode ser um resumo de um
curso de teologia, nem muito menos algo muito longo. Devemos elaborar um
conteúdo sistemático que tome por base a realidade de nosso povo. A referência
é o próprio Mestre Jesus que dirigia sua Palavra à comunidade reunida,
utilizando a linguagem do povo, a partir dos símbolos do próprio dia a dia,
(semente, água, videira, pedra, joio, jóia, etc.), uma forma pedagógica para
fazer com que as palavras sejam sempre guardadas, fazendo-se compreender.
Uma Escola da Fé pode ser articulada de
muitos modos e cada um tem sua especificidade e riqueza. Agora seguem
sugestões:
a. Uma Escola da Fé com quarto módulos;
Com quatro módulos este
estilo de Escola da Fé tem como ponto de partida a Sagrada Escritura. Cada
módulo se estende por um semestre de forma mais específica, 15 encontros. O
primeiro módulo é uma apresentação do Antigo Testamento, passando pela
estrutura da Sagrada Escritura, pela forma como o povo de Deus utilizava a
Escritura para interpretar e iluminar a sua vida.
O
segundo módulo consiste no estudo do Novo Testamento, também durando um
semestre, 15 encontros. A partir de um olhar para os Evangelhos, estabelecer um
encontro com Jesus e um maior conhecimento de sua pessoa, seu anúncio e nossa
missão como Igreja.
O Terceiro módulo se caracteriza por um aprofundamento sobre a teologia dos sacramentos, destinado a todas as pessoas que desejem conhecer um pouco mais sobre a realidade dos sacramentos, é de suma importância que todos os catequistas de primeira Eucaristia, Crisma, monitores de Batismo, leigos que celebram a Palavra e ministros extraordinários da Comunhão devem participar. Este módulo também tem duração de um semestre, 15 encontros.
Este estilo de Escola da Fé se encerra com o quarto módulo que também tem duração de um semestre, 15 encontros, sobre a Liturgia da Igreja, as celebrações da palavra por ministros leigos, a estrutura da celebração eucarística, os roteiros de celebração, etc.
Neste estilo de Escola da Fé, todos os
fiéis podem participar, e de uma forma especial chegamos aos catequistas pelo
terceiro módulo e pelo quarto módulo chegamos até as nossas equipes de
liturgia. Pode ser posto em prática nas paróquias ou nas regiões.
b. Uma Escola da Fé
a partir de pequenos ciclos;
Outra possibilidade de se trabalhar a
Escola da Fé, é a partir de pequenos
ciclos. Estes ciclos respeitam o tempo litúrgico ou momentos fortes da nossa
religiosidade. O início seria no mês que se costuma dedicar à Sagrada
Escritura, com quatro encontros. Com a proximidade do Advento, retoma-se para
um breve estudo os Evangelhos da Infância, na Quaresma os relatos da Paixão nos
quarto Evangelhos, no mês de maio, um olhar para a virgem Maria, sua vida e papel
na obra de Jesus. Além
dessas sugestões, outros temas podem ser também desenvolvidos durante o tempo
comum, dependendo da necessidade e prioridades presentes nas paróquias.
c. Uma Escola da
Fé itinerante;
Uma possibilidade muito proveitosa
consiste em levar a Escola da Fé para as nossas regiões de forma itinerante.
Nossas nove regiões seriam visitadas e a cada visita uma paróquia diferente
serviria como sede para os encontros que teriam início na sexta a noite,
durariam todo o sábado e domingo. Nestes encontros celebraríamos a Eucaristia
como região, estudaríamos juntos durante um fim de semana. Mas estes encontros
não podem se resumir a um fim de semana.
Este
estilo de Escola da Fé tem como conteúdo programático o mesmo do primeiro
modelo, com um cronograma que possibilite a presença da Equipe da Escola da Fé
na região duas vezes por semestre. Em caso de regiões cuja geografia dificulte,
pode-se, para estes encontros, dividir a região em duas.
d. Uma Escola da Fé mínimo do mínimo;
É
realmente necessária a devida introdução do nosso povo nas Sagradas Escrituras
e na vida Sacramental de nossa Igreja. Mas não podemos perder de vista que
muitos de nossos fiéis sofrem com investidas de pessoas que utilizam de forma
equivoca a Sagrada Palavra de Deus que em vez de servir ao anúncio do Evangelho
se torna meio para ataques e críticas infundadas.
Lançando
um atento olhar para esta situação cada vez mais delicada em nossas paróquias a
nossa Igreja deve oferecer uma Escola da Fé que atenda a questões tidas como
polêmicas, a exemplo das imagens, os santos, o papel de Maria na vida da
Igreja, o batismo de crianças e outros temas.
e. Cebi e Círculos da Palavra
Todos os
subsídios bíblicos para a Escola da Fé podem ser retirados dos valiosos
subsídios do Cebi. Então a Escola da Fé no que diz respeito à Sagrada
Escritura, vem também para ampliar o campo de atuação do Cebi. Como grande
fruto do módulo bíblico seria o fortalecimento dos Círculos da Palavra. Estes
círculos devem dar um passo a mais: chegar a pequenos núcleos que estudem a
Sagrada Escritura nas casas e de uma forma mais desafiadora nos apartamentos.
f.Catecumenato;
A
experiência do Catecumenato, bastante conhecida e divulgada na Arquidiocese da
Paraíba, apresenta como primeiro passo o Encontro com Jesus. Constituindo-se um
verdadeiro itinerário catequético. Esta experiência pode ser assumido para uma
catequese de adultos a nível de Arquidiocese.
g. Necessidade de uma Equipe Arquidiocesana de Formação;
Todas as
propostas acima apresentadas devem ser antecedidas pela criação de uma Equipe
Arquidiocesana de Formação. Esta equipe tem por função dar os devidos
encaminhamentos para o que acima foi apresentado, a melhor forma de fazer
acontecer em cada região o que se propõe como itinerário formativo.
A esta
equipe também cabe a missão de promover unida a coordenação arquidiocesana de
catequese, a unificação dos subsídios relativos à celebração da Palavra por
ministros leigos, à formação para os Sacramentos da Primeira Eucaristia, Crisma
e preparação para o Batismo, bem como a elaboração de subsídios para a
perseverança, pré-catequese que deve ser assumida como realidade
arquidiocesana.
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