Para a CNBB, a imagem causa indignação e passou dos limites. A nota diz: "Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do Estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial".
A reportagem de capa da revista trata de uma suposta “crucificação” do jogador Neymar, no cenário do futebol brasileiro. De acordo com a publicação, torcedores e a mídia têm destinado vaias e apelidos, como cai-cai, ao jogador do time Santos e da Seleção Brasileira, que teria ganhado o status de "bode expiatório em um esporte onde todos jogam sujo".
A nota - assinada pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, e Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília - manifestou profunda indignação diante da fotomontagem na capa da revista esportiva, e considerou “um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças".
A Placar já havia emitido nota se justificando, na qual reitera o respeito pelas diferentes crenças e a defesa da liberdade de praticá-las, ressaltando que a publicação “está falando exclusivamente de futebol". A revista afirma que a fotomontagem não é uma referência específica à crucificação de Jesus. (DOL)
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