Irmãos  e irmãs, este ciclo do Advento é um convite para que revisitemos as  fontes de nossa vocação neste mundo, mas não qualquer vocação e sim  nossa vocação cristã porque segundo São Paulo, Cristo nos enriqueceu em  tudo, 
“em  toda palavra e em todo conhecimento, à medida que o testemunho sobre  Cristo se confirmou entre vós. Assim, não tendes falta de nenhum dom,  vós que aguardais a revelação do Senhor nosso, Jesus Cristo. É ele  também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível,  até o fim, até o dia de nosso Senhor, Jesus Cristo. Deus é fiel; por ele  fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso.”
Depois  de nos encontrarmos com São Paulo que nos ensinou que não nos falta  nada em vista de nossa salvação. Para que entremos em comunhão com  Cristo, todos os dons já nos foram ofertados pelo próprio Deus que nos  quer ao seu lado, realizados e felizes! Esta é nossa vocação, uma  vocação para a liberdade consciente de filhos e filhas de Deus e desta  nos vem a garantia de que entre as coisas que passam, porque neste mundo  tudo é passageiro, possamos abraçar a eternidade. Estamos aqui como  administradores deste mundo e não temos aqui a morada definitiva, isso  se comprova historicamente pelo fato de nenhum de nós viver para sempre.  Somos pó e ao pó voltaremos. A falta desta consciência favorece o nosso  afastamento de Deus e é diante desta situação que poderemos entender as  preocupações de Jesus no Evangelho de hoje:
“Cuidado!  Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. É como um  homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a  responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E  mandou o porteiro ficar vigiando.”
Parece  que a fé de muitos esfriou e assim, se abre na vida espaço para a  construção da “felicidade” à luz deste mundo, sustentada pelo acúmulo e  riquezas, busca desenfreada por auto glorificação, banalização da vida  dos outros, da criação e indiferença perante o sofrimento dos outros! Os  verdadeiros seguidores de Jesus devem estar atentos, para que as  ilusões deste mundo em constante consumação, não os enganem. Devemos  viver neste mundo com a convicção de que ele não é portador do sentido  da felicidade, mas deve ser administrado por nós até a volta do seu  dono, para que sejamos contados entre os servos fiéis. Quem é que está  dormindo? Os que estão mergulhados no pecado, os que se acostumaram e  que pior ainda, até encontram justificativas para seus pecados. Estão  adormecidos aqueles que acreditam que a felicidade se encontra nos bens  que possuem, estão adormecidos, aqueles que não reconhecem Jesus  presente no sofrimento dos outros. Estão dormindo, os que embora  professam a fé em Cristo, vivam como se ele nunca tivesse renovado suas  vidas. Por isso, somo convidados a olhar nossa vida e preparar nosso  coração para o encontro com Cristo que não sabemos quando será, pois no  fim dos tempos, ele virá revestido de Glória para julgar os vivos e os  mortos. Mas ainda em nosso tempo, vem ao nosso encontro naqueles que nós  amamos e que ele colocou em nossas vidas, mas também no faminto, no  sedento, no doente, nos que precisam de abrigo e nos que estão  aprisionados por grades ou por vícios, como nos alertava o Evangelho do  domingo passado. Em cada encontro com os sofredores deste mundo, temos o  prenúncio do que será nosso encontro eterno com Cristo.
“Vigiai,  portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à  meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo  de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos:  Vigiai!”
Que estas palavras do Senhor encontrem sempre eco em nossas vidas de cristãos neste mundo!
Fonte: Blog do Pe. Dalmo 

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