Estamos no terceiro domingo do Advento, chamado comumente de Domingo da Alegria, mas que também pode ser chamado, Domingo do Testemunho. Somos convidados a meditar sobre nossa vocação de cristãos, e, a partir dos outros dois domingos que tinham respectivamente como centro a VIGILÂNCIA e a CONVERSÃO, para que possamos TESTEMUNHAR, com coerência e sinceridade de coração. Para tanto, o Evangelho nos coloca diante de João Batista, aquele que pelo TESTEMUNHO, levaria as pessoas a ter fé. Somos testemunhas da Luz e no Evangelho vemos o precursor, aquele que deu o primeiro testemunho público acerca de Cristo. "Eu batizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis." Não é no Espírito, mas em água que João batiza. Incapaz de perdoar os pecados, ele lava pela água o corpo dos batizados, mas não lava o espírito pelo perdão. Então porque é que ele batiza, se não perdoa os pecados pelo seu batismo? Apenas para cumprir sua vocação de ser TESTEMUNHA DA LUZ! Tal como, nascendo, precedeu o Senhor que ia nascer, assim também, batizando, precede o Senhor que ia batizar. Precursor de Cristo pela sua pregação, ele o foi também dando um batismo que era uma imagem do sacramento que estava para vir, do qual Cristo é o autor e consumador!
João anunciou um mistério quando declarou que Cristo estava no meio dos homens e que eles não O conheciam, pois o Senhor, quando Se revelou na carne, era ao mesmo tempo visível no Seu corpo e invisível na Sua majestade. E João acrescenta: "O que vem depois de mim passou à minha frente" (Jo 1,15); e explica as causas da superioridade de Cristo quando precisa: "Porque existia antes de mim", como que para dizer claramente: "Se é superior a mim, tendo nascido depois de mim, é porque o tempo do Seu nascimento não o restringe dentro dos seus limites porque nascido de uma mãe no tempo, foi gerado pelo Pai fora do tempo."
João manifesta o humilde respeito que Lhe deve, prosseguindo: "Não sou digno de desatar as correias das Suas sandálias." Era costume entre os antigos que, se alguém se recusasse a desposar uma jovem que lhe estava prometida, desatasse a sandália do que viesse a ser seu marido futuramente. Ora Cristo manifestou-Se como Esposo da santa Igreja. Mas porque os homens pensavam que João era o Cristo – coisa que o próprio João negou –, ele declara-se indigno de desatar a correia da Sua sandália. É como se dissesse claramente: "Eu não adoto incorretamente o nome de esposo" (cf Jo 3,29).
Com João aprendemos que nosso TESTEMUNHO deve ser em torno de Cristo, evitando assim qualquer glória pessoal, qualquer busca de brilho diante dos homens. Somos chamados para levar mais e mais pessoas a um encontro com Cristo Jesus, o esposo da Igreja, aquele que está no nosso meio e que devemos aprender a reconhecer.
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