No Evangelho, o apóstolo Simão responde pela fé de seus irmãos. Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro. Este nome é uma vocação: Simão deve ser a “pedra” (rocha), que deve dar solidez à comunidade de Cristo. Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa: as “portas” (cidade, reino) do inferno não poderão nada contra a Igreja, que é uma realização do Reino “dos Céus”. A 1ª leitura ilustra essa promessa: Pedro é libertado da prisão pelo anjo do Senhor. O apóstolo aparece, assim, como o fundamento da Igreja. Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático. Sua vocação se dá na visão de Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, ele se transforma em apóstolo e realiza, mais do que os outros apóstolos inclusive, a missão que Cristo lhes deixou: serem Suas testemunhas até os extremos da terra. Apóstolo dos pagãos, Paulo torna realidade a universalidade da Igreja, da qual Pedro é o guardião. A 2ª leitura é o resumo de sua vida de plena dedicação à evangelização entre os pagãos, nas circunstâncias mais difíceis: a Palavra tinha que ser ouvida por todas as nações. Não esconder a luz de Cristo para ninguém! O mundo em que Paulo se movimentava estava dividido entre a religiosidade rígida dos judeus farisaicos e o mundo pagão, cambaleando entre a dissolução moral e o fanatismo religioso. Neste contexto, o apóstolo dos gentios anunciou o Cristo Crucificado como sendo a salvação: loucura para os gregos, escândalo para os judeus, mas alegria verdadeira para quem n’Ele crê. Missão difícil. No fim de sua vida, Paulo pôde dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé/fidelidade”, a sua e a dos fiéis que ele conquistou.
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