

Para o Papa, nas políticas econômicas, “a prioridade deve ser dada aos trabalhadores e suas famílias”; de fato, “o primeiro capital a ser preservado e valorizado” é o próprio homem. Então - afirma – objetivo prioritário dos governos seja garantir o acesso ao trabalho e sua manutenção para todos. O seu pensamento se dirige aos desempregados e precários:
“Queridos trabalhadores e trabalhadoras... a Igreja apóia, conforta, encoraja todos os esforços para assegurar a todos um trabalho seguro, digno e estável. O Papa está próximo a vocês, está ao lado de suas famílias, de seus filhos, de seus jovens, de seus anciãos e leva todos no coração diante de Deus”. (Discurso aos participantes da peregrinação da Diocese de Terni, 26 de março de 2011).
Bento XVI denuncia as especulações e fala de um “mau uso” das finanças que “prejudicou a economia real”; destaca que nos últimos anos cresceu “uma classe cosmopolita de administradores, que muitas vezes respondem apenas às indicações dos acionistas”. Entre as causas da crise está o apego ao dinheiro:
“A ganância humana é idolatria. Devemos denunciar esta idolatria que é contra o verdadeiro Deus e a falsificação da imagem de Deus com outro Deus, “mammona” (riqueza material). Devemos fazê-lo com coragem, mas também concretamente”. (Encontro com o clero de Roma, 26 de fevereiro de 2009).
E o Papa fala contra a exploração dos trabalhadores, especialmente dos imigrantes, muitas vezes utilizados como “mercadoria”, pede que o trabalho, especialmente para as mulheres, seja harmonizado com a família, e que seja respeitado o descanso dominical, porque o homem não deve ser escravo do trabalho. A crise atual, no entanto, pode se tornar uma oportunidade para rever os modelos de desenvolvimento e os estilos de vida:
“Talvez nunca como hoje a sociedade civil compreenda que somente com estilos de vida inspirados na sobriedade, na solidariedade e na responsabilidade, é possível construir uma sociedade mais justa e um futuro melhor para todos”. (Discurso aos administradores do Lácio, 12 de janeiro de 2009).
O trabalho para o cristão torna-se também oração cotidiana, como fazia Jesus: o Filho de Deus - recorda o Papa – se dedicou “por muitos anos às atividades manuais, de modo a ser conhecido como o filho do carpinteiro”. E Bento XVI confia todos os trabalhadores ao seu padroeiro, São José, e indica o seu estilo:
“Do exemplo de São José chega a todos nós um forte convite para desempenharmos com fidelidade, simplicidade e modéstia a tarefa que a Providência nos atribuiu”. (Angelus, 19 de março de 2006). (SP)
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