De acordo com o que foi combinado com os grupos, pastorais e movimentos, apresentamos o Plano de Ação Pastoral Paroquial (PAPPa) incluso a parte formativa apresentada hoje, dia 01 de março de 2015.
Na Paz,
Pe Dalmo Radimack
Plano de Ação Pastoral Paroquial (PAPPa) –
Ano das Missões – 2015
A missão é a razão de ser da própria Igreja. Ela foi
pensada para levar em frente a missão, que empenhou por inteiro toda a sua
vida, e que ele confiava à Igreja para que a continuasse até o fim dos tempos. O
próprio Cristo viveu em função da missão que o Pai lhe tinha confiado. Ele
próprio educou seus discípulos para que levassem em frente a sua missão. Foi a
missão que definiu a vida de Cristo. É a missão que define sua Igreja. Na
verdade, é a missão que define a vida de cada um de nós. É a maneira mais
salutar de assumir nossa identidade. Não vivemos para nós próprios, estamos
neste mundo para cumprir uma missão.
A missão proporciona a manifestação do próprio Evangelho.
Ela nos leva a sair de nós próprios e ir ao encontro do outro. Possibilita que
nos sintamos enviados por Cristo. E nos proporciona a experiência da
gratuidade, que afinal de contas é a dimensão mais profunda da própria
existência humana. A partir da missão, a Igreja pode definir sua identidade.
Isto tem um peso eclesial muito grande. Na medida em que a Igreja se volta para
a missão que Cristo lhe confiou, ela relativiza seus problemas internos. Se a
missão é um compromisso para a Igreja – “ai de mim se não evangelizar” – ao
mesmo tempo ela se torna um alívio. Pois a missão nos garante o cumprimento da
vontade de Cristo, conforme sua solene promessa: “estarei com vocês todos os
dias, até o fim dos tempos”. Quando Jesus escolheu seus discípulos, fez questão
de chamá-los de “apóstolos”, isto é, “missionários”, ou em nossa linguagem:
“enviados”.
Não foi por acaso que o Cristo os marcou logo com este
nome. Assim, conferiu a eles uma identidade, a partir da missão que lhes estava
confiando. Ao enviá-los, fez questão de adverti-los para não se complicarem com
aparatos humanos, pedindo para que não levassem nem bolsa, nem dinheiro, nem
duas túnicas. Quanto menos seguranças humanas, mas os “enviados” deixam espaço
para a ação de Deus. Se nos dedicamos ao cumprimento da missão, os outros
problemas ficam relativizados. Em outras palavras, a grande parte dos problemas
que enfrentamos se deve ao fato de estarmos acomodados!
A missão nos reeduca, para vivermos nossa fé com
maturidade, e reencontrar nossa verdadeira identidade eclesial. Como os
“apóstolos”, também somos chamados a descobrir que Deus nos confia a missão de
levar a todos sua mensagem de salvação.
“Ai de mim se não
pregar o Evangelho!” 1Cor 9,16. Iluminados
por este trecho do Apóstolo Paulo em Corinto, por ocasião da Primeira Carta, a
nossa Paróquia conclui este ano o triênio de seu PAPPa (Plano de Ação Pastoral
Paroquial). A ideia é revitalizar fontes missionárias, rever caminhos e propor
novos encaminhamentos. Se olharmos atentamente para nossas comunidades, em
nossos horários de Missas nós até temos Igrejas cheias, no entanto, são sempre
as mesmas pessoas. Grandes áreas surgem em nossa paróquia e nós ainda somos
presença minúscula em algumas delas. Então, em vista de tudo isto, nós propomos
este projeto.
Que o Deus de toda Consolação nos auxilie nesse nosso
projeto e possamos colher os frutos necessários para a implantação de seu
Reinado!
SER
CRISTÃO NO MUNDO
É impossível pensar a Igreja sem antes disto pensar o
mistério da Encarnação do Verbo. Somente à luz de Jesus de Nazaré, o Verbo
Eterno de Deus feito carne é que podemos pensar a nossa Igreja, sua Esposa e
sua missão no mundo. Cristo é seu fundador e é quem a conduz até a consumação
do tempo.
Apenas à luz da missão de Jesus é que a Igreja poderá
entender a sua própria vocação e missão neste mundo. Ela deve continuar sua
missão, alimentando-se do Seu corpo e sangue Anunciando a sua morte e proclamando a sua Ressurreição até que Ele
volte. Jesus é verdadeiro Sacerdote, Profeta e Pastor, na unção do Espírito
Santo, desde sua encarnação e por toda a eternidade.
Pela graça batismal, participamos da vida divina e nos
tornamos filhos e filhas de Deus em Cristo. Por meio do Batismo todo cristão está
relacionado estreitamente com Cristo e dele recebe continuamente a motivação e
a ajuda para viver sua própria missão.
Jesus, oferta perfeita e agradável
a Deus;
Durante toda a sua vida terrena, Jesus fez questão de
deixar claro que em tudo faria a vontade do Seu Pai, pois esta era para ele o
próprio alimento, ou seja, o sentido de sua vida entre nós. Obediente à vontade
do Pai, com quem vive uma perfeita comunhão, em tudo, menos no pecado, Jesus se
fez um de nós. “Ele assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana”
(Fl 2,7), sentiu as dores próprias da nossa condição humana, as nossas
fraquezas, humilhações, angústias e sofrimentos. Embora “fosse Filho, aprendeu
a obediência pelo sofrimento e se tornou para todos os que lhe obedecem
princípio de salvação eterna” (Hb 5,8), e desta maneira, nenhuma dor ou
sofrimento de nenhum homem na terra é desconhecida aos olhos de Deus pois em
sua carne Ele traz as marcas da Paixão.
“Jesus é o Filho de Deus, a Palavra feita carne (cf.
Jo 1,14), verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens.
Sua vida é uma entrega radical de si mesmo a favor de todas as pessoas,
consumada definitivamente em sua morte e ressurreição. Por ser o Cordeiro de
Deus, ele é o Salvador. Sua paixão, morte e ressurreição possibilitam a
superação do pecado e a vida nova para toda a humanidade” (Documento de Aparecida
102).
O Seu sacrifício sacerdotal, próprio de toda a
vida chega ao extremo no altar da cruz, onde Seu corpo traça entre céu e terra
o sinal permanente da nossa Reconciliação com Deus. Depois de “ter oferecido um
sacrifício único pelos pecados” (Hb 10,12), Ele entrou no santuário de Deus,
como “mediador da nova aliança” (Hb 9,15), aliança firmada de forma absoluta
por meio de Seu sangue. Pela obediência “até a morte”, e de uma forma mais
aniquiladora, obediência até a mais temida morte de sua época: a morte de
cruz!” (Fl 2,6-11), Jesus recebeu do Pai o título de Sumo Sacerdote (Hb 5,10).
“Em tudo ele se tornou semelhante aos irmãos, para ser, em relação a Deus, um
sumo sacerdote misericordioso e fiel, para expiar os pecados do povo” (Hb
2,17).
Por isso, Jesus possui por toda a eternidade (Hb
7,17), “um sacerdócio imutável e, por isso, é capaz de salvar
totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus” (Hb 7,24-25).
Cristo, sumo e eterno Sacerdote apresenta ao Pai a sua Igreja, santa, imaculada
e irrepreensível, contanto “que permaneça alicerçada e firme na fé e sem se
afastar da esperança do Evangelho que recebeu e que foi anunciado a toda
criatura que vive debaixo do céu” (Cl 1,23).
Hoje por nós, para nós e conosco, Nosso Sumo Sacerdote
continua a obra da salvação e da santificação por meio da ação litúrgica (cf. Sacrosanctum
Concilium 7c). O sacrifício de Cristo realizado uma vez por todos no altar da
cruz e o sacrifício Eucarístico são o mesmo sacrifício que redime e santifica a
humanidade. A Eucaristia instituída por Jesus na noite em que reuniu os seus
pela última vez, é um meio de tomarmos parte no mistério da Redenção.
Quando nos reunimos como comunidade para celebrarmos a
Eucaristia, estamos cumprindo a ordem deixada por Jesus segundo a qual, devemos
fazer isto em sua Memória. Quando
comungamos, participamos do mistério do Deus que se fez homem e entregou a sua
vida para nos salvar, e por Ele alimentados, somos chamados a segui-lo em
espírito de humildade, amor e serviço.
A perene presença de Jesus na Igreja é para nós causa
de paz e de alegria, esperança, certeza de reconciliação e de verdadeira
aliança entre Deus e todos aqueles que estão reunidos em torno da Palavra e da
Mesa onde Jesus se faz presente. Este Sacerdócio de Cristo se torna presente no
sacerdócio ministerial, sem diminuir em nada a Sua unicidade. Ele é o único e
eterno Sacerdote; os demais são seus ministros (CIC 1545). Por Ele é que o
Espírito age sempre e se faz presente na Igreja, agindo nos corações dos
discípulos para que tendo o coração aquecido pela Palavra que escutam, possam
reconhecer o divino Mestre no pão que é corpo de Cristo e também no gesto
solidário de partilhar o pão com os famintos de nossa sociedade.
Jesus Cristo, Palavra
Eterna de Deus e alimento para o Mundo
No capítulo que o Evangelho de João dedica à
Eucaristia (Jo 6), Simão Pedro afirma que não poderíamos seguir a outro pois só
Jesus “tem palavras de vida eterna”. O mesmo João afirma que “Aquele que
Deus enviou fala as palavras de Deus” (Jo 3,34). É Jesus que realiza a obra de
salvação que lhe é confiada pelo Pai. “Como discípulos de Jesus, reconhecemos
que ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao
mesmo tempo, o Evangelho de Deus. Cremos e anunciamos ‘a boa nova de Jesus,
Messias, Filho de Deus’ (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai, queremos
escutar a Jesus (Lc 9,35), porque ele é o único Mestre” (Mt 23,8),
disseram os bispos reunidos em Aparecida (DAp 103).
Por meio de Seu amado Filho Jesus, Deus falou com a
humanidade e mostrou a Sua face que até então ninguém havia visto (Jo 1, 18), a
Ele, o Pai “fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o
universo” (Hb 1,2). Jesus expressa em palavras e ações tudo aquilo que a
Palavra de Deus contém. Cada ato d Jesus é expressão da vontade de Deus ao
mesmo tempo em que dá a atividades humanas o caráter divino. Por ser Ele mesmo
a “Palavra de Deus feita carne” é que tem “palavras de vida eterna” para nos
comunicar.
Suas atividades sempre balizadas pelas Escrituras,
fazem com que boa parte das pessoas o reconheçam como o concretizador das
profecias. Nele, muitos viam “verdadeiramente, o profeta!” (Jo 7,40). E
envolvidos pela grandiosidade de suas ações, muitos davam glórias a Deus,
dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou seu povo” (Lc
7,16). Até mesmo aqueles a quem o preconceito poderia afastar, como por
exemplo, a Samaritana, reconhecem a grandiosidade de Jesus: “Senhor, vejo que
és um profeta” (Jo 4,19).
“Jesus saiu ao encontro de pessoas em situações muito diferentes: homens
e mulheres, pobres e ricos, judeus e estrangeiros, justos e pecadores...
convidando-os a segui-lo. Hoje, segue convidando a encontrar nele o amor do
Pai. Por isto mesmo, o discípulo missionário há de ser um homem ou uma mulher
que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e
pecadores” (DAp 147). Incansável anunciador do Reino de Deus, Jesus percorria
toda a Galiléia, demonstrando o seu poder e sua intimidade com o Pai por meio
dos muitos sinais que realizava ao longo do caminho:
“Percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o
Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. O
seu renome espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que
eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como
endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. Seguiam-no multidões
numerosas, vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região
além do Jordão” (Mt 4,23-25).
Ao entrar na Sinagoga de Nazaré, tomou para si o texto
do profeta Isaías e apresentou a si mesmo como o concretizador das palavras
sagradas: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para que dê
a boa notícia aos pobres; enviou-me a anunciar a liberdade aos cativos e a
visão aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, para proclamar o ano da
graça do Senhor” (Lc 4, 18-19). O coração da missão de Jesus está neste resumo
apresentado por Lucas. Jesus veio ao mundo para anunciar o Reino de Deus; viveu
cumprindo esta missão. E, para Jesus, anunciar não significa fazer um discurso;
o anúncio é prática, é atitude, é fazer acontecer. É por isso que o evangelista
declara: Passou fazendo o bem.
O Reino de Deus é o grande sonho de Deus para o mundo
e a humanidade. É o Reino da vida e da liberdade, prometido por Deus e buscado
intensamente pelo povo da Primeira Aliança. É o Reino da saúde e da
reconciliação, da partilha e da abundância. Onde não há mais distinção entre as
pessoas, nem excluídos. É o Reino do convívio amoroso e fraterno, da plenitude
da vida para toda a humanidade e para a natureza, Reino que inicia aqui e se
estende pela eternidade. Jesus anunciou e inaugurou este tempo do Reinado de
Deus e entregou a tarefa da continuidade aos seus discípulos.
Para Jesus era importante deixar claro a gratuidade do
anúncio, no despojamento total de quem não leva duas túnicas, nem cajado, muito
menos dinheiro. Os seus seguidores, seguindo o seu exemplo, jamais podem se
deixar envolver e dominar pelos bens deste mundo. Devem ser homens e mulheres
verdadeiramente livres e purificados pela Palavra que foi dita pelo próprio
Jesus (Jo 15,3). Na generosidade dos
discípulos, é refletida a generosidade do próprio Deus. “Na gratuidade dos
apóstolos, aparece a gratuidade do Evangelho” (DAp 31): “Não leveis bolsa, nem
alforje, nem sandálias...” (Lc 10,4) O discípulo-missionário toma uma
decisão a favor do Reino de Deus, em total conversão e mudança de vida, pois
“quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus” (Lc
9,62).
Sustentados pelas palavras de Jesus que são espírito e
vida (Jo 6,63.68). Continuamente atuais na Igreja, somos chamados a testemunhar
até o fim dos tempos a Boa Nova, continuando a missão de Jesus porque “somos
missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, nele, a boa nova da
dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da
solidariedade com a criação” (DAp 103).
As palavras de Jesus serviram como censura a
incredulidade dos sacerdotes, condenação a hipocrisia e a arrogância do comportamento
farisaico, denúncia do rei e seus partidários (Mt 22,16-22), condenação
explicitamente do comércio da religião. “Entrou no templo e expulsou todos os
vendedores e compradores que lá estavam. Virou as mesas dos cambistas e as
cadeiras dos que vendiam pombas: A minha casa será chamada casa de oração. Vós,
porém, fazeis dela um covil de ladrões” (Mt 21,12-13).
Com suas palavras, vida e obras, Jesus é para sempre
alimento para todos os que desejam encontrar sentido e alento, esperança e
forças para buscar um mundo novo, que nas palavras do mestre é apresentado pelo
nome de Reino de Deus. É Ele mesmo que ainda hoje nos convida ao discipulado e
à conversão que é caminho para o Reino de Deus. Sua Palavra nos aponta o
caminho para um mundo que parece desnorteado e perdido, verdade para um mundo
que se acostumou a duvidar de tudo e se deixou engolir pelo relativismo e vida
para a humanidade sedenta de sentido e de esperança, e por isso, esta Palavra
que não é um conceito mas o próprio Filho de Deus, precisa ressoar pelos quatro cantos da terra.
Só é cristão quem se deixa interpelar pelo Carpinteiro de Nazaré e a cada dia
abre seu coração acolhendo dele constantemente as sementes que diariamente são
lançadas no terreno de nossas vidas!
O Bom Samaritano da Humanidade
Nada chama mais a atenção na atividade de Jesus do que
as suas reações diante das pessoas que eram reconhecidas pela sociedade de seu
tempo como pecadoras. “Ninguém te condenou? Tampouco eu te condeno. Vai, e de
agora em diante não peques mais” (Jo 8, 11). Todas as suas atividades e
encontros trazem a marca do perdão e da misericórdia. Jesus modifica todo um
modo de se relacionar com os que a sociedade rejeita. É claro que Ele não
aceita o pecado, mas de jeito nenhum quer perder o pecador. “Eu não vim ao
mundo para condenar, mas para salvar” (Jo 12, 47). No plano de Jesus há lugar
para todos, ninguém é deixado de lado.
Como o samaritano da parábola contada por Jesus, sua
capacidade de acolhida e compaixão se expressam de uma desafiadora diante dos
mais fragilizados. Sejam estes pecadores públicos, doentes, endemoninhados,
pobres ou excluídos. Chega a escandalizar a religião de seu tempo ao afirmar
que sua vinda ao mundo foi justamente por conta destas pessoas: “Não vim para
os sãos, mas para os doentes” (Mc 2, 17). Jesus não se cansa de mostrar que
todas as pessoas sempre devem ter direito a uma segunda chance e que Ele, age
como samaritano da humanidade reerguendo os que foram subjugados por uma
estrutura de pecado. Para Jesus todas as pessoas podem se converter e Nele
assumir uma vida nova (Mt 18, 21-22).
Do grupo constituído por Ele e reunido em Seu nome,
Jesus espera as mesmas atitudes de acolhida e misericórdia. Quando estava para
subir ao Pai, soprou sobre os discípulos o Espírito e lhes entregou a missão de
perdoar os pecados (Jo 20, 22-23).
IGREJA QUE SAI PARA
SERVIR
Fundamentação Bíblica - A Parábola do Bom Samaritano
(Lc 10,25-37): “Quem é o meu próximo?” – perguntou o Doutor da Lei a Jesus, que
em seguida lhe contou a Parábola do Samaritano. Para Jesus, próximo é aquele de
quem nos aproximamos, sentimos compaixão e servimos.
O serviço é a primeira exigência da ação
evangelizadora da Igreja e precisa ser a primeira atitude do discípulo que se
coloca em missão. Não podemos realizar este Ano Missionário pensando apenas em
engrossar as nossas fileiras. Sair em missão significa desejar tornar
evangélicas as realidades que ainda são marcadas pela injustiça, de modo
especial, as periferias empobrecidas e as periferias existenciais. Aqueles que
estão marcados por situações de morte precisam ser os primeiros para os quais
somos enviados.
PISTAS DE AÇÃO:
a) Identificar “periferias existenciais”, isto é, realidades que exijam
atenção especial por colocar a vida em risco e organizar ações nestas
realidades. Refletir sobre os empobrecidos e sofredores da realidade paroquial.
Pensar os empobrecidos de forma ampla: pobres financeiramente, pobres de saúde,
pobres de afeto, pobres de formação, empobrecidos espiritualmente, entre outras
formas de pobreza de nossos dias; organizando ações missionárias específicas
para cada um deles.
Este não é um ponto muito complexo
posto que cada comunidade nossa possui áreas totalmente descobertas. Para cada
comunidade visualizamos uma, duas ou mais áreas que precisam de nossa devida
atenção.
b) Tornar as atividades das Pastorais da Paróquia mais missionárias, isto
é, convocar as lideranças a buscar os que se encontram mais distantes e
afastados. Incentivar, em especial, a Pastoral da Criança e do Idoso.
c) Provocar nossos grupos a assumirem um caminho itinerante de Missão.
d) Criar e efetivar a Pastoral da Esperança, sendo presença efetiva nos hospitais.
e) Nas formações dadas, enfocar temas sociais aproveitando orientações da
Doutrina Social da Igreja.
IGREJA QUE SAI PARA
DIALOGAR
Fundamentação Bíblica – São Paulo no Areópago de
Atenas (At 17,16-34): São Paulo é levado ao coração pensante da cidade grega
mais influente para a filosofia do mundo antigo. Lá, o apóstolo não impõe a
verdade do Evangelho, mas, partindo daquilo em que os atenienses acreditavam –
o altar ao deus desconhecido – dialoga com eles e lhes anuncia a Ressurreição.
A postura dialogante de Paulo faz brotar ali uma
pequena comunidade. O diálogo é a postura principal do discípulo que sai em
missão. Não somos impositores da verdade, mas apresentamos uma proposta de
vida. Apresentamos Jesus Cristo, o Senhor que nos ensinou, em primeiro lugar, a
amar até mesmo os inimigos.
Nossa sociedade é marcada por pensamentos que divergem
dos princípios da fé. Precisamos organizar atividades para promover diálogo,
especialmente, nos ambientes que formam o pensamento atual. Precisamos também
organizar ações de diálogo com outras crenças, em especial os outros cristãos,
a fim de dirimir o escândalo proporcionado pelas divisões entre nós. Os nossos
fiéis deverão aprender a arte da escuta atenta e a acolhida das dores e
sofrimentos, expectativas e sonhos dos homens e mulheres de nosso tempo.
PISTAS DE AÇÃO:
a) Proporcionar formação para missionários, a fim de que compreendam a
importância da escuta e do diálogo na ação missionária.
b) Ser presença efetiva nas redes sociais e Internet, que hoje são
ferramentas indispensáveis para o anúncio do Evangelho.
IGREJA QUE SAI PARA
ANUNCIAR
Fundamentação Bíblica – Anúncio Querigmático de São
Pedro (At 2,1-41): Pedro, com os demais apóstolos, estavam trancados no
Cenáculo e tinham medo da multidão do lado de fora.
Com a vinda do Espírito Santo, eles são expulsos
daquela sala confortável, e Pedro, superando o medo, anuncia explicitamente a
Ressurreição de Jesus Cristo àquelas mesmas pessoas de Jerusalém que, a pouco
mais de 50 dias, haviam pedido a crucificação do Senhor.
O anúncio explícito da pessoa e da mensagem de Jesus
Cristo é uma exigência da atividade missionária. Como Igreja, não podemos nos
furtar a dizer aquilo que nos tem dado vida e felicidade. Precisaremos
organizar ações que tornem explícita a nossa esperança, indo ao encontro das
famílias, dos meios de comunicação, dos novos areópagos, utilizando-se de
diversos recursos que tornem eficaz nosso testemunho.
PISTAS DE AÇÃO:
a) Organizar ações missionárias com visitas às casas de família da
Paróquia
b) Organizar procissões, missas campais, grupos de oração nas praças e
demais atividades ao ar livre durante todo o ano.
c) Provocar as pastorais e movimentos a realizar reuniões nas casas das
famílias, a fim de se atingir mais e mais pessoas com nossa ação.
IGREJA QUE SAI PARA
TESTEMUNHAR A COMUNHÃO
Fundamentação Bíblica – A primeira comunidade de fiéis
(At 2,42-47): A primeira comunidade fiel, nascida em Jerusalém, é sinal
perfeito da comunhão fraterna que nasce quando aceitamos de coração à proposta
de Jesus Cristo. De fato, “todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum.
Unidos de coração frequentavam todos os dias o templo.
Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração,
louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes
ajuntava outros que estavam a caminho da salvação.” (At 2,44.46-47).
Realizamos missão para edificar o Reino de Deus. Este
Reino que pode ser resumido na palavra “comunhão” – comunhão de Deus com a
humanidade e dos seres humanos entre si e com o cosmos. O ano missionário
precisa ser a oportunidade para ajudarmos nossa Igreja a ser verdadeiramente
“Comunidade de Comunidades”.
PISTAS DE AÇÃO:
a) Fomentar a criação de pequenas comunidades de família em nossas
paróquias, a fim de que, reunindo-se constantemente, deem continuidade ao Ano
Missionário e sejam verdadeiros núcleos da organização eclesial.
b) Articular grupos de reflexão em família. O fruto da missão é a vida
comunitária! A paróquia precisa tornar-se “Comunidade de Comunidades”.
Atividades relativas
ao Ano da Missão na Paróquia
O primeiro ponto a ser tratado relativo à atividades
do Ano da Missão é a divisão de nossa Paróquia em pequenas áreas de Missão. Por
isso, optamos pela seguinte divisão:
Área 1 --- São Pedro e São Paulo
Composta pela área da Matriz, Nossa Senhora de Guadalupe (atenção
especial a toda a área que se encontra por trás da comunidade Nossa Senhora de
Guadalupe, Cemitério, e Nossa Senhora de Fátima.
Área 2 --- Nossa Senhora de Nazaré
Composta pela área do Conjunto Heitel Santiago e toda a dimensão da
Comunidade Nossa Senhora de Fátima. Há um lapso entre Heitel e Planalto, esta
parte constitui uma das prioridades presentes na área 2. A outra parte é o que
se encontra do outro lado da principal do Heitel, bem como a parte que se
encontra por trás da Igreja, dirigindo-se até a Praça do Heitel Santiago.
Área 3 --- São Joaquim e Santa Ana
Composta pelas áreas presentes entre as comunidades São Daniel, São
Joaquim e Santa Ana e Menino Jesus.
Área 4 ---- São Francisco de Assis
Composta pelas áreas da Comunidade São Francisco de Assis, Sagrado
Coração de Jesus.
Área 5 ---- Plano de Vida
Composta pelo conjunto Plano de Vida.
Os Missionários passarão
por um processo formativo em quatro encontros de acordo com o cronograma que
segue. Quem serão os Missionários? A resposta a principio é a seguinte: Legião de Maria, Cenáculo com Maria, Terço das Famílias, ECC, EJC, RCC (Amor Fraterno e
Kairós), Coroinhas, Equipes de Liturgia, Ministros Extraordinários da Sagrada
Comunhão, Ministros da Palavra.
Feita a Divisão por áreas, o passo seguinte consiste
na apresentação de um cronograma que concentrará todas as nossas atividades.
Datas
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Atividades
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Área
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22/02
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9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os
Missionários
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------------------------------------------------
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01/03
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9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os
Missionários
|
------------------------------------------------
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08/03
|
9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os
Missionários
|
-------------------------------------------------
|
15/03
|
9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os
Missionários
|
-------------------------------------------------
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05/04 – 13/05
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Missa de Páscoa – Envio dos Missionários
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Início das Atividades na Área 2
|
13/05 – 05/06
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Envio dos Missionários
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Inicio das atividades na Área 4
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07/06 – 05/07
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Envio dos Missionários (Missa em São Francisco
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Início das Atividades na Área 1
|
05/07 – 26/07
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Envio dos Missionários (Festa de São Pedro e São Paulo
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Início das Atividades na Área 3
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26/07 – 30/08
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Envio dos Missionários (Festa de Santa Ana)
|
Início das Atividades na Área 5
|
SET
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Retorno às Atividades normais
|
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01/10 – 12/10
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Jornada Missionária
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Áreas 2, 3 e 4
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12/10 – 29/11
|
Envio dos Missionários
|
Início das Atividades na Área 5
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29/11 – 25/12
|
Envio dos Missionários
|
Início das Atividades na Área 1
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Material relativo ao encontro formativo do dia 01 de março de 2015
Em todo o
projeto ou atividade, o mais importante é definir com clareza os objetivos, ou
seja, onde se quer chegar.
As Missões têm o objetivo
primeiro de pôr em prática a vontade de Deus, que se expressa hoje pela palavra
de Jesus e pelos acontecimentos da vida. Fundamental é a docilidade ao
Espírito, que precede nosso agir e nos ajuda a compreender o que o Pai quer
para o nosso bem, que tenhamos “vida em plenitude” (Jo 10,10). Essa intenção
fundamental se traduz num caminho que cada um de nós deve percorrer e partilhar
com os outros:
1º) Experimentar a presença de
Deus na própria vida; valorizar o dom da vida que recebeu; dar sentido às suas
experiências;
2º) Voltar-se para Jesus, para
nele descobrir o verdadeiro rosto de Deus que nos ama; para aprender a olhar a
vida e as pessoas com o olhar de Jesus; para acolher os outros como Ele
acolhia; para seguir o seu caminho;
3º) Renovar a vida da comunidade
cristã:
-
aproximando-a do seu ideal de viver como as comunidades dos apóstolos (cf. At
2, 42-47; Rm 12, 1-21);
-
corrigindo seus defeitos e infidelidades (cf. 1 Cor 11, 17-34);
-
tornando-a um lugar de referência para a vida das pessoas, reconhecido como a
“carta de Deus” enviada à humanidade (cf. 2 Cor 3, 3) e como um lugar onde o
próprio Deus está e se deixa encontrar (cf. 1 Cor 14, 25).
4º) Encontrar os irmãos que
vivem afastados, empenhados no trabalho e na edificação da cidade terrestre,
tarefas que Deus abençoa, mas que, tantas vezes, são perturbadas pelo egoísmo e
injustiça, gerando a opressão dos fracos ou, sempre mais freqüentemente hoje, a
exclusão dos pobres.
5º) Testemunhar a solidariedade
com todos, procurando servir aos que necessitam e trazendo para a comunidade
cristã as interrogações, os anseios e os ideais de quem luta por um mundo mais
justo e fraterno.
6º) Anunciar, com alegria, a Boa
Nova de Jesus que liberta, educa e traz felicidade.
Esclarecemos,
porém, desde já, que os objetivos das Missões não constituem algo paralelo aos
objetivos da ação pastoral e evangelizadora da Igreja. As Missões procuram
viver de modo mais intenso e renovado esses mesmos objetivos. Elas devem ser
assumidas por toda a comunidade eclesial.
O
PLANEJAMENTO
Planejamento é a atividade conjunta de preparação para se atingir os objetivos
por meio de métodos adequados. Para realizar as Missões, é preciso que um grupo
ou equipe de cristãos, convencidos de que vale a pena ser missionários as
organize. Elas necessitam ser organizadas conjuntamente. Damos, como sugestão,
aqui o planejamento realizado para as comunidades.
O plano poderia prever quatro
etapas, precedidas por uma fase inicial em que se amadurece a decisão de
organizar a missão e se preparam os missionários. Nessa fase inicial de
preparação, o grupo que assume a responsabilidade de promover as Missões se
reúne, deve mobilizar toda a comunidade e se tornar o eixo de toda a ação
pastoral e evangelizadora. É desejável que todas as pastorais, associações e
movimentos se envolvam na realização das Missões. Lembramos que aqui como ponto
de partida em todas as comunidades devemos partir dos Conselhos das Comunidades
e o Grupo dos Ministros da Comunhão.
É
muito importante desenvolver um plano de divulgação das Missões Populares em
todos os meios e ambientes (Rádios, folhetos). O plano de ação deve ser
flexível, não muito detalhado, porque a cada etapa será avaliado e redefinido,
com base no levantamento dos anseios do povo e de suas expectativas ou
necessidades. A fase inicial também não deve ser apressada. Somente quando o
grupo responsável está firmemente convencido por meio de encontros de formação
e de espiritualidade, parte para a ação. E a primeira coisa que deve fazer é
convidar e preparar os missionários, adultos, jovens e crianças. São estas
pessoas que vão realizar as visitas, na primeira etapa das
Missões e, depois, com a ajuda de outros, continuam todo o trabalho, até o fim.
PRIMEIROS
PASSOS COMUNITÁRIOS:
1. O
Conselho da Comunidade deve se reunir e debater sobre a área ou áreas que devem
ser visitadas, vendo entre os membros do Conselho aqueles que moram mais
próximos das áreas para que estes sirvam de apoios a encontros com novas
famílias. Esta é a etapa de mapeamento.
Parte sempre de alguém que conhecemos e que está situado perto ou na área a ser
visitada. Dada a atividade dos Ministros
da Comunhão serão de grande importância para esta etapa.
2. Cada área
deve espalhar folders, e avisos nas celebrações e Missas acerca das visitas a
serem feitas.
3. O
Conselho deve organizar sua área a partir de lideranças, ou seja, cada membros
do Conselho e também com todos os grupos devem se dividir também por áreas a
partir de seus contatos para que sirva como ponte para que os grupos que vem
para a área em seguida sejam conduzidos.
4. Nas duas
semanas que antecedem o início das Missões, as lideranças da área a ser
visitada deve iniciar um amplo processo de visitação inicial preparando as
famílias daquela área para a Missão que receberão. Valendo lembrar que os
Conselhos das áreas deve organizar semanalmente celebrações da Palavra que
devem acontecer nas áreas durante o período da Missão mas também depois.
Principalmente depois.
5. Os
conselhos das áreas deve se organizar de modo a se reunirem com os grupos que
irão fazer as Missões para que tenhamos um calendário semanal para a área a ser
visitada. Lembremos ainda que durante o período das Missões, se os grupos
envolvidos se dividirem poderão ter uma área de trabalho mais amplo.
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