domingo, 13 de dezembro de 2015

Pequena catequese sobre a Confissão



          


          Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados, e até o taxava de blasfemador, eram os orgulhosos escribas. Jesus, porém, lhes respondeu (Mc 2,10): "Para que saibas que o filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados." Jesus curou o paralítico perdoado, à vista deles.

Este poder de perdoar os pecados, Jesus o confiou aos homens pecadores, aos Apóstolos e seus legítimos sucessores, no dia mais solene, da sua Ressurreição, quando lhes apareceu e disse (Jo 20,21-23): "Assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos".

Não resta dúvida que sopro de Cristo ressuscitado e as palavras: "recebei o (dom do) Espírito Santo..." expressam claramente que os Apóstolos não obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo e a eles conferido, em favor das almas remidas pelo seu sangue derramado na cruz.
Daí dizer: "Eu não me confesso com os padres, porque eles também são pecadores, demonstra igual insensatez, como afirmar: "Eu não vou, com minha doença procurar conselho e remédio dos médicos, porque eles também ficam doentes".

Por isso os Católicos, mesmo que sejam papas, cardeais e reis, dobram humildemente suas cabeças diante de tão claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples sacerdote, para receber o perdão de Deus. Alguns, porém, preferem ignorar estas palavras de Jesus, e desprezar o grande dom de Jesus, no sacramento da Penitência. Para motivar este procedimento, procuram na Bíblia vários textos no sentido: "Convertei-vos e fazei penitência. Arrependei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados, para que sejais salvos". 

Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram no Antigo Testamento condições necessárias e suficientes para obter perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem Jesus e seu Evangelho: para os que não têm nenhuma ocasião de se confessar: e são ainda condições necessárias para obter perdão na boa Confissão. Mas quem no seu orgulho não acredita na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da Penitência, e por isso não quer se confessar, dificilmente receberá perdão!

Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na cruz" (Fl 2,8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado e quem se exalta, será humilhado” (Lc 18,14).

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