terça-feira, 26 de novembro de 2013

PROGRAMAÇÃO DO MÊS DE DEZEMBRO

Dia 8 de Dezembro:



Imaculada Conceição de Maria 

Primeira Missa presidida pelo Padre Severino, às 17h 

Abertura da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe às 19:30h


Serenatal:

Programação:

Dia 13 de dezembro - Saindo da Comunidade Nossa Senhora de Nazaré para a Comunidade Menino Jesus

Dia 20 de dezembro - Saindo da Comunidade Menino Jesus para a Comunidade Santa Ana e São Joaquim

Dia 27 de dezembro - Apresentação Musical no Auditório Irmã Dulce. Entrada: 2 Kg de alimento não perecível.


Natal do Senhor

Dia 24 de dezembro

19:30h - Missa na Igreja Nossa Senhora de Nazaré - Heitel Santiago

21h - Missa na Igreja Matriz São Pedro e São Paulo


Dia 25 de dezembro

19:30h - Missa na Matriz São Pedro e São Paulo
19:30h - Missa na Igreja Menino Jesus





Dia 31 de dezembro

19:30h - Missa na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré
21h - Missa na Matriz São Pedro e São Paulo




PRIMEIRO DE JANEIRO - SANTA MARIA, MÃE DE DEUS



19:30h - Missa na Matriz São Pedro e São Paulo

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sentido da Festa de Cristo Rei

A festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas. 

A criação desta festa tinha uma conotação política de grandiosidade. Quem, dos mais antigos, não foi da Cruzada Eucarística? Roupinha branca, fita amarela com cruz e dois traços azuis para os melhores. Qual era o comprimento? - Viva Cristo! – Rei! Este amor a Cristo Rei sustentou os cristãos na perseguição do México. Quantos mártires não entregaram a vida proclamando: Viva Cristo Rei! Quem sabe nos falte uma definição maior para o Reino de Cristo. 

A oração da missa assim reza: “Deus que dispusestes restaurar todas as coisas em vosso Filho Amado, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade vos glorifiquem eternamente”. Vejamos os termos: Rei do Universo, vossa majestade. Para este sentido endereça a primeira leitura: A glória do Filho do Homem - “Seu poder é poder eterno que não lhe será tirado e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Dn l7,14). Cristo com sua morte e ressurreição foi feito o Senhor da Glória. Seu Reino não tem fim.

Rei da Verdade. 

Mesmo que seja um reino, o é diferente dos reinos e governos do mundo. Jesus se proclama rei diante de Pilatos: “Tu és Rei?” Pergunta Pilatos diante no tribunal. “Tu o dizes, eu sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta minha voz” (Jo 18,37). Jesus é rei da verdade. Pilatos pergunta-lhe: “O que é a verdade?” Mas não espera a resposta. (É comum em nossa vida perguntar as coisas para Deus e não querer saber a resposta). O que é esta verdade que é a identificação com Ele próprio? “Eu sou a Verdade e a vida” (Jo 14,6). Ser verdade para Jesus é ser Ele próprio o testemunho da vontade do Pai: Estabelecer no mundo o domínio da misericórdia amorosa da qual o Pai é a fonte. “Graças a esta vontade é que somos salvos” (Hb 10.10). Durante sua vida procura unicamente fazer a vontade do Pai: “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia” (Jo.6,39). 

Um reino de sacerdotes. 

Todo povo de Deus tem, como Cristo esta realeza. Esta é o domínio do amor que transforma o mundo. O amor é a primeira fonte da união com Deus. Ele faz de nossos gestos de serviço aos outros, da transformação das estruturas de escravidão em liberdade, um sacerdócio do povo de Deus e de cada um que santifica o universo. Ser cristão é já construir o reino de Cristo no mundo. A modalidade de construir este reino é o serviço fraterno, humilde como Cristo fez na sua morte que o glorificou. Unindo nossa vontade à sua e a vontade do Pai, podemos crer em verdade que Ele é Rei e Senhor. 

Encerramento do Ano Litúrgico e Conclusão do Ano da Fé

Com a solenidade de Cristo, Rei do Universo, concluímos neste domingo o ano litúrgico e, no próximo domingo, entraremos no tempo do Advento em preparação da solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Neste domingo, começa em todo o Brasil a Campanha para a Evangelização que tem como objetivo despertar os cristãos leigos para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A Campanha para a Evangelização vai até os dias 10 e 11 de dezembro, isto é, terceiro domingo do Advento, dia da Coleta Nacional para a Evangelização, cujo resultado financeiro será destinado a apoiar projetos de evangelização nas dioceses, nos regionais e em todo o Brasil.
Com o tema da Campanha deste ano: “Ele veio curar nossos males”. Natal é tempo de encontro com Jesus. Este encontro acontece por iniciativa dele, que vem ao nosso encontro e quer estabelecer relações conosco, em vista do nosso bem e da superação de todos os males. Ele veio para curar nossas feridas.  Jesus revela para nós o verdadeiro sentido da vida humana e o caminho para sua perfeição, consequentemente, para a superação de todas as nossas deficiências e limitações.  A Igreja é mistério de comunhão e participação. Desde o nosso batismo pertencemos a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo e por isso temos o direito e o dever de participar da missão da Igreja de anunciar  o Evangelho a todos e em todos os lugares.
A comunhão deve manifestar-se não só na partilha dos dons espirituais, mas também, na partilha dos bens materiais que contribuirá para o trabalho pastoral  da Igreja e testemunhará  o compromisso evangelizador e a generosidade de todo o povo de Deus.
Ao celebrar neste domingo a solenidade de Cristo Rei a Igreja nos recorda que não temos outro rei a não ser Jesus. O evangelho de hoje que acabamos  de escutar nos diz que ter Jesus Cristo como rei não é apenas louvá-lo com a boca,  mas é, sobretudo, seguir o caminho que Ele nos ensinou, que é caminho do amor, da prática da caridade para com todos, especialmente, para com os mais necessitados com os quais Jesus se identifica: “Todas as vezes  que fizestes isso a um dos menores dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes”.
Todos somos filhos de Deus e irmãos de Jesus Cristo, e em Jesus Cristo, e por isso, temos uma dignidade singular. A fé nos faz descobrir no próximo o nosso irmão, a imagem do próprio Cristo.  O evangelho de hoje, diz que no fim de nossa vida e no juízo final, seremos julgados pelo amor e que Deus nos pedirá contas não só do mal que fizemos, mas também do bem que deixamos de fazer por falta de amor.
Hoje é também o Dia do Leigo que é chamado em virtude do batismo a ser construtor do Reino de Cristo no mundo “reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”. É próprio  do  cristão leigo contribuir com seus dons para tornar este mundo mais humano e fraterno e fazer da política um verdadeiro serviço prestado ao homem e a sociedade.
Que Maria nos ensine que reinar com Cristo é servir; é trabalhar por um mundo de justiça, de amor e de paz.

sábado, 9 de novembro de 2013

Por que eu sou Cristão?


Por qual motivo eu sou cristão? Esta é uma pergunta não muito fácil de se responder. É mais fácil responder sua cor favorita, time favorito, música favorita, mas falar sobre os reais motivos que levam alguém a ser cristão é uma tarefa que exige muita meditação. Não posso falar pelos outros, então falarei por mim mesmo.Vivemos em um mundo cheio de alternativas, cheio de possibilidades ou caminhos a serem seguidos, muitas vozes se apresentam como portadoras da realidade do sentido, muitos ombros se apresentam oferecendo carona na travessia do mar da vida. 

Neste mundo, as opções são cada vez mais atraentes, prazerosas e acalentadoras do coração. A sensação que se tem é que a realidade é um grande supermercado da fé, cheio de prateleiras empilhadas de alternativas, tudo ali, à disposição e ao alcance, prontinho para ser consumido. Com isto, não há espaço para estabilidades, é sempre necessário inventar algo novo, do contrário as pessoas não permanecem. Nós nos acostumamos a ver que o mercado sagrado é vital e que não há alternativa se não a de consumi-las. Assim, ganha mais “fiéis” consumidores o marqueteiro mais eficaz, o slogan mais criativo e persuasivo o marketing melhor elaborado e que se apresentar como mais eficiente. O desvio de conduta religiosa não tem nada a ver com intelectualidade é sim um desafio existencial. Definitivamente podemos afirmar que a cosmovisão moderna embriagou a religião e esta se tornou mercadológica, hedonista e pragmática. Assim sendo, mesmo Deus se tornou uma mercadoria! A força desta influência de mercado é notória e vem, há algum tempo, causando uma substancial mudança na leitura bíblica e na concepção de igreja. 

Novos grupos com forte apelo de marketing e com traços neoliberais (no campo político e econômico) surgem a cada dia e crescem num ritmo “sobrenatural”. Um sentimento cada vez mais introspectivo e desalojado da história se infiltrou na religião, revestindo de sacralidade o individualismo vivenciado já na ordem capitalista. Diante dessa postura de um número expressivo de pessoas que se intitulam cristãs, surgem questões teológicas, éticas, morais, eclesiológicas e comerciais. Calorosos debates foram instaurados, principalmente entre as denominações chamadas históricas, onde discute-se os métodos pentecostal, a participação do fiel na vida da igreja, ou da igreja na vida do fiel, o nominalismo, a livre interpretação bíblica, a ética do cristão, a ética da igreja na sociedade, na política e, principalmente, na prática pastoral.

 No campo teológico retornam perguntas clássicas sobre os reais fatores que conduzem a pessoa a Cristo e qual é o caráter desse encontro com ele. Porém, o que faz com que os embates se tornem mais acirrados são perguntas do tipo: A pessoa está livre para escolher a Cristo assim como escolhe uma roupa, o alimento que vai comprar ou o time que vai torcer? Quais são os fatores que determinam a adesão à um determinado grupo religioso? Qual o papel da propaganda, das estratégias de marketing e da utilização da mídia, principalmente televisiva, no processo de conversão das pessoas? Qualquer linguagem, qualquer apelo, qualquer ação, qualquer mensagem são válidos? As respostas são diversas e, em muitos casos, divergentes.
Está evidente que muitas ações de grupos religiosos cristãos fizeram do nome de Cristo uma lucrativa marca. Grandes denominações surgiram nos últimos 20 anos, cada uma com um apelo (propaganda) mais elaborado que o outro. E mesmo o catolicismo tem enfrentado abalos terríveis com a instauração de Missas do genitivo: CURA E LIBERTAÇÃO, DA LUZ, ÁGAPE, etc. A televisão, com toda a sua potencialidade, tornou-se o propagador da fé e do novo estilo de ser do mundo chamado cristão. Programas de palco onde poder, prosperidade, solução dos problemas, entretenimento, êxtase espiritual, exorcismos, catarse e status social são oferecidos como itens essenciais do cardápio da fé e da vida com Jesus Cristo. A cada dia, mais e mais pessoas são atraídas para dentro das “igrejas” por esses “produtos” e passam a se autodenominar como cristãs, seguidoras de cristo. Será que são cristãs mesmo? Será que entendem as implicações de serem cristãs? O fato de receberem uma “benção” de cura, libertação ou material fazem com que sejam realmente cristãs?
Diante disso tudo cabe então a pergunta que intitula nossa reflexão: Por que ser cristão? Será que estou frequentando uma igreja porque simplesmente fui fisgado por uma dessas “iscas” de comércio? Será que tenho uma clara noção do que significa e das implicações que envolvem a afirmação de que sou um cristão? Será que realmente eu tive um encontro com Cristo? Como saberei?
As respostas para tantas perguntas passam necessariamente pela entendimento de que cristão é muito mais do que vestir uma camiseta e fazer parte de uma agremiação ou grupo social chamado igreja. Ser cristão é muito mais do que falar um dialeto específico ou vestir-se com vestes estabelecidas como santas. Ser cristão é muito mais do que ouvir música gospel. Ser cristão é muito mais do que opinião ideológica ou participação em um movimento social, é muito mais do que filosofia de auto-ajuda ou afins.
Ser cristão é estar existencialmente envolvido com a eternidade, é experimentar uma nova vida totalmente inundada pelo Espírito Santo, o qual nos conduz a uma espiritualidade norteadora de todos os nossos atos, assim como nossos desejos, pensamentos, projetos, relacionamentos, conflitos e todos os outros aspectos de nossa vida. Ser cristão é olhar para a realidade com os olhos de Cristo, entendendo que tudo existente é uma manifestação clara e inequívoca da existência de Deus, e do seu amor e poder, diante dos quais cabe a nós somente reconhecer, em atitude de adoração e culto (serviço), o quão maravilhoso é esse Deus.
Ser cristão é olhar para o outro com os olhos de Cristo, um olhar amoroso onde o próximo é alguém a ser abençoado por meio de nossa vida, mesmo que para isso seja necessária a nossa humilhação pessoal, ou a partilha do pouco que possuímos. Olhar que nos conduz pela militância em favor da justiça, da liberdade, da ética e, principalmente do amor. O cristão é aquele que ama Deus, ama a Jesus Cristo, que é conduzido e orientado pelo Espírito Santo para uma vida de serviço e amor ao próximo. O cristão não vai à igreja movido pela necessidade de resolver seus problemas, mas porque teve seus olhos abertos miraculosamente pelo Espírito Santo, enxergou a Deus e simplesmente se prostrou aos seus pés.
Definitivamente, ser cristão é muito mais que uma escolha, é ouvir a voz do Espírito Santo que nos chama para olharmos a cruz de Cristo e a entendermos como sendo o evento mais importante que a humanidade e os seres celestiais jamais viram. É entendermos que esta cruz, na verdade, é nossa por causa de nossos pecados, e que devemos, nos colocar diante dela totalmente quebrantados, arrependidos de nossos pecados crendo em Cristo como Senhor e Salvador de nossa vida. Ser cristão é amar a Cristo com toda a força de nosso ser.
Portanto, ninguém é cristão porque é filhos de cristãos ou por ter recebido uma formação cristã, não se é cristão porque se mora em um país formado a partir da ótica do cristianismo, não se é cristão porque religiosamente frequenta-se uma denominação, não se é cristão por causa da galera que conhecemos quando fomos a uma igreja. Por fim, ninguém é cristão meramente por causa de circunstâncias que nos envolveram durante a caminhada de nossa vida, elas podem ter sido mecanismos de Deus para nos chamar e alcançar, mas só é cristão quando Deus, na sua grande misericórdia, e cumprindo seus planos eternos, nos chama das trevas para a luz, da morte para a vida, operando em nosso coração nos transformando, fazendo-nos nova criatura, mudando o centro de nossa realidade do eu para Deus. 
Então, sou cristão porque fui alvo do amor de Deus que me elegeu antes da fundação do mundo e por meio de Jesus Cristo me tirou da perdição do pecado, da morte para a vida, de forma que sou cristão, porque sou uma nova criatura, nascida do alto, nascida de Deus. E por isso, o coração de minha pregação deve ser o amor de Deus e não o medo de demônios! Como cristão não sou melhor do que nenhum outro ser humano desta terra, mas tenho um dever global em defesa da vida e anunciando o Senhor que vítima da injustiça superou toda maldade por meio da soberania do amor do Pai!